Embora já importante, a comunicação ainda pode ser otimizada

A comunicação é o recurso da sociedade para estabelecer meios de troca de informação, além de interagir a fim de estabelecer acordos, contatos e todo o mais que dependa da resposta do outro, ao momento que se estabelece uma relação: emissor de mensagem – mensagem – receptor capaz de dar uma resposta, para assim estabelecer um sistema cíclico.
Hoje, a comunicação como o pilar da troca de informação na sociedade moderna, se dá através do modelo adotado da mídia que informa à massa receptora. Mas é justamente esse esquema que é criticado e posto em cheque uma vez que muitos estudiosos acreditam na incomunicação, quando, apesar de todo esforço, não é possível estabelecer comunicação.
A comunicação depende de investimento publico, haja vista o seu poder na formação cultural da sociedade. A população precisa ter acesso ao aparato físico necessário (o meio) para participar do processo de comunicação, seja a televisão, a internet, entre outros, e ai é discutido o subsidio governamental através de linhas de credito para compra de aparelhos. Não obstante, também é necessária a democratização do envio da informação. Acredita-se que com a popularização da internet, através da nova lei de incentivos para produtos ligados a informática, haverá um incremento do material exposto na rede, já que mais pessoas poderão fazer usos de meios de postagem como blogs para exibir suas idéias. Mas ainda, as mídias de massa com maior poder de alcance de publico, a tv, o jornal e o rádio, estão concentradas nas mãos de poucos pólos produtores e que ainda hoje são as grandes mídias de massa que influenciam boa parte da sociedade, há prejuízos que poderiam ser otimizados com a política que objetivasse a democratização da comunicação. O que há são donos de mídia que defendem opiniões políticas usurpando o real interesse de uma mídia e a transformando numa arma política, onde mídia e política se sobrepõem.
Sendo a comunicação por meio de massa necessária para manter a sociedade informada, qual deveria ser a postura do jornalista, o meio que permite essa troca de informação? Porque, a partir do momento que a informação é produto e que para existir é necessário o lucro (motor para fazer a mídia se sustentar), a função do jornalista também perde seu caráter informativo e sua falta de filtro (o conceito da imparcialidade), ao tornar-se sensacional e interessante, e de certa forma, excluir da massa a verdade uma vez que sua fonte de informação é deturpada.
Fala-se de uma abertura e democratização da produção cultural, mas que precisa estar ligada a políticas de desenvolvimento a educação no país, porque não adianta apenas ceder um espaço sem que o material a ser feito será de péssima qualidade e em nada engrandecera a massa que o consumirá. Com o fomento da educação, a comunicação é usada não somente para informar, mas também para educar e atentar a população à realidade, uma experiência como a vivida em lugares como Cingapura e Indonésia que adotam o jornalismo cívico com intuito educacional, e não de censura.
Mas para o caso nacional, vê-se a comunicação comunitária como uma possível saída ao monopólio da produção nas mídias e possível expansão da disseminação do conhecimento regional, ora rejeitado nas grandes emissoras por não serem grande fonte de audiência. Com isso, é possível que as lideranças tenham suas idéias tornadas publicas e que isso potencialize a democracia.
Assim como não foi possível negar em nenhum momento a importância da comunicação, já que está é hoje a fonte direta de informação da sociedade, e a ela podem ser atribuídas outras qualidades como manter unida e coagida parte da população, também não é possível negar que ainda há falhas nos sistemas base e que a comunicação poderia ser otimizada a partir do investimento em educação (desenvolvimento intelectual do campo receptor, possibilitando uma resposta mais apurada e o conseqüente ganho de qualidade no material produzido), do uso racional e progressivo do aparato tecnológico e com a democratização da produção pelas mídias.