ASTRONAUTA: 27

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O lado de cá do Rio

outubro 19, 2011

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Se é verdade que há tal ponte
Houve um abalo há pouco
Porque eu estou sentindo um aperto aqui
E queria saber como vão as forças do lado de lá do Rio

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No ponto

Já era meia noite em hora terrena, o astronauta esperava que por ali passasse algum ônibus especial, espacial. E enquanto não passava, seu coração mole percebeu que era tempo de deixar pra trás o passado já resolvido, seguir adiante. Ele esperava e refletia sobre o amor que o esperava, arrependido, disposto, quente e vivo, ali, pronto para partir em viagens e aventuras, descer em novas estações e desbravar mares de sentimentos. O amor perdera o trem. Mas correu, respirou, tomou banho e já tava lindo. Alcançou o astronauta que já estava cansado de esperar. Partiram então logo para um delicioso e longo beijo, que acabaria por durar longos anos. Foi a comunhão, a conjunção do sentimento nobre. De repente, já não havia mais espaço para a sujeira, pelo contrário, muito combustível para seguir viagem de modo autêntico, vigoroso. Daí, o astronauta se viu em um ponto que já não mais o pertencia. Largou essa ideia estapafúrdia de ônibus. Recuperou a nave e partiu rumo ao desconhecido, vir

Valentin

Eu não sei o que é o amor Nem se é amor Mas só por hoje Deixa eu dizer que te amo E viver eternamente o infinito

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Se nem todas as verdades são felizes ou nem todas as mudanças são fáceis há na verdade uma questão de tempo uma adaptação a todo um novo espaço que se pode ocupar Estranho que em um mar de possibilidades nadando por entre corais de felicidades exista ainda uma melancolia que atravessa sem pudor qualquer campo magnético Tomara força que venha empuxo, direção de aguentar a tormenta que agora cansa e encontrar calmaria em futuro próximo A identidade da questão é a chave para as responsabilidades que cada um deve assumir Dramas e outras questões seriam apenas a abertura para um mergulho sem fim em um buraco negro que dilacera.

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