Tantos nomes

Eu e minha barriga achamos essa sombra e aqui decidimos pensar sobre os sentimentos. Daquilo que era pleno, o tempo deixou, mas o que é plenitude, eu não sei.

Agradeço pelos momentos em que a euforia era senhora, inundava o corpo em folia de hormônios e aquilo tudo se traduzia em felicidade.

Ainda que não quisesse, aceito que a felicidade são os pequenos momentos. Os outros, são a capacidade que se tem de não se abater, não se contaminar. Por enquanto eu só entendi, ainda não assimilei. Mas eu chego lá.

Por mais distantes que as memórias fiquem, elas contam o real. Desse privilégio, restou a gratidão e uma indesejada saudade.

A medida que a barriga cresce, a velocidade diminui e a viagem ralenta. To reunindo as forças estelares pra acabar, não com a barriga, que é companheira, mas com esse marasmo.

Se eu não tivesse conhecido tantos sentimentos, talvez fosse possível nomear isso aqui de felicidade. Mas de vazio e pó, varro e crio esperança da poeira, de dias melhores.

Conhecer o amor pleno, expandir minhas fronteiras e fundir corpo a corpo, nus, sob as estrelas. Daí, chamar isso plenitude, de satisfação, de felicidade.