Dunas

De todas as barreiras impostas, isolado, desolado, assolado, sem as respostas das perguntas que um dia hesitei em te perguntar e que depois da bomba, nunca mais procurei saber.

Anos após a erupção, terra infértil ainda não domada, o fogo queima e desfoca daquilo que lucra. Prejuízo. Nem tempo, nem chuva ou busca.

Algoritmo que desconectasse a atividade neural da lembrança e afastasse de uma vez por todas o cheio, a batida e o sentimento do toque.

Um abraço perdido em uma onda que já quebrou e apenas levou o meu fôlego, mas o devolveu, são, salvo e só. Sal e secura em memória que me acompanha nas dunas do equívoco.

Dos desejos perdidos nas páginas de areia, farofa em boca sem dente, incompleto. Voa com a asa quebrada, de que adianta.

Conseguir focar no que se há, de tanto o que se há para entreter, até o fim do fim.